Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar". Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...
(Arnaldo Jabor)
sábado, 31 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
O meu amor tem o verbo amar
incrustado nas palavras.
Ele é peso leve que me empurra
e brinca comigo,
ladeira abaixo,
riacho acima.
O meu amor tem a fala mansa
que me seduz e me faz ser menina.
E nas noites quando as estrelas caem
e me cintilam os olhos,
é ele quem me conta histórias
e me recita versos.
E quando estou triste meu amor
me traz a lua de presente.
O meu amor é todo sentimento
e dança comigo
quando toca um Blues...
(Lou Witt)
domingo, 25 de março de 2012
♪ Não te darei flores, não te darei, elas murcham, elas morrem
Não te darei presentes, não te darei, pois envelhecem e se desbotam
Não te darei bombons, não te darei, eles acabam, eles derretem
Não te darei festas, não te darei, elas terminam, elas choram, elas se vão
Dar-te-ei finalmente os beijos meus
Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus.
Esses embalam… esses secam… mas esses ficam.
Não te darei bichinhos, não te darei, pois eles querem, eles comem
Não te darei papeis, não te darei, esses rasgam, esses borram
Não te darei discos, não, eles repetem, eles arranham
Não te darei casacos, não te darei, nem essas coisas que te resgardam e que se vão
Dar-te-ei a mim mesmo agora
E serei mais que alguém que vai correndo pro fim
Esse morre… envelhece… acaba e chora… ama e quer…
desespera esse vai… mas esse volta ♪
"A gente se contradiz, a gente é aprendiz, palhaço, bailarina, poeta, flor, mas somos de verdade, não viramos personagem. Somos mistura de realidade e lirismo, de lágrimas e sorrisos, de abraços e despedidas, de gaiolas abertas, escolha certa, coração nos olhos, somos a semente do impossível plantada no solo da eternidade…"
(Renata Fagundes)
(Renata Fagundes)
Todo dia o amor é. Uma frase. Uma rima inventada.
Uma língua. Música e poesia. Página colorida perdendo vazios.
Minha dor, minha cara, meu tema e sentido. O reencontro.
Um segundo arranhado acontecendo no tempo.
Qualquer coisa bonita. Qualquer coisa imensa e (in)decente.
Todo dia o amor é (enquanto me desconcentro),
o caminho que me continua,
pra gente…
(Priscila Rôde)
Uma língua. Música e poesia. Página colorida perdendo vazios.
Minha dor, minha cara, meu tema e sentido. O reencontro.
Um segundo arranhado acontecendo no tempo.
Qualquer coisa bonita. Qualquer coisa imensa e (in)decente.
Todo dia o amor é (enquanto me desconcentro),
o caminho que me continua,
pra gente…
(Priscila Rôde)
Quem Deixou a Chuva Entrar
Coisas assim
podem sempre levar algum tempo
Eu sempre achei
Que estaríamos juntos até o fim
Começamos a brigar
E não conseguimos esquecer o que foi dito
Porque você enxerga tudo em preto e branco
E eu em vermelho
Eu me pergunto quem deixou a chuva entrar
Você sabe que sem você
Não sou nada
Quando o amor fica forte
As pessoas ficam fracas
Algumas vezes elas perdem o controle
E se envolvem muito
Elas caem como chuva
Quem deixou a chuva entrar
Eu arrumo a cama e cubro
onde você costumava dormir
Estou amaciando as promessas
feitas sobre esses lençóis
Eu invejo os amantes
Que passam agarrando-se pela rua
Porque o que eles têm
Eu não pude me manter
Eu me pergunto quem deixou a chuva entrar
Você sabe que sem você
Não sou a mesma
Quando o amor fica forte
As pessoas ficam fracas
Algumas vezes elas perdem o controle
E se envolvem muito
Elas caem como chuva
Quem deixou a chuva entrar
que saibam ser sós
que saibam ser juntos
que saibam ser “sim”
e saibam aceitar o “não”
que saibam ouvir
e que saibam mudar o tom
que tenham longas conversas
e que possam entender-se em um único olhar
sutileza de amar
que saibam ser novos
a cada novo dia
e sinceramente
doar-se
que cuidem
que reguem
que zelem
para que os anos conservem
toda essa poesia no olhar
de tanto amor
de tanto amar
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, té capaz de crimes!
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!
(Gonçalves Dias)
segunda-feira, 19 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Onde foi que você se perdeu? Virou pó, desviou da rota. E nunca mais voltou pro caminho. Desamarrou os cadarços, acelerou o passo, nada de olhar pra trás. Quando foi que um dia virou uma semana, que a ausência virou companhia e a saudade – antes nuvem pesada e doída - uma mera brisa sem força? As pessoas se perdem. Embaçamentos inevitáveis, ora. Uns vão porque querem, outros partem pelo medo de criar raízes. Ficar é surpreender. E só conseguem aqueles de coração limpo. Compreender apenas as doçuras e aceitar as impermanências: é o jeito. Dos encontros e reencontros, ficam os arrepios. Mas o passado tem carisma. E as lembrancas têm sabores. Vivemos de jogos. Que são puro acaso. E a próxima carta é aquela que muda tudo.
(Paula Pfeifer)
(Paula Pfeifer)
sábado, 17 de março de 2012
Os maduros têm certeza. Os maduros não vacilam. Os maduros são programáticos. Os maduros ganham dinheiro. Os maduros assumem seus atos. Os maduros sabem o que dizer e como se comportar. Os maduros só fraquejam diante da orfandade - perder pai e mãe é perturbador em qualquer fase da vida-, mas logo reassumem o controle e seguem em frente. Nao se espera outra coisa deles. Se tentarem fugir de suas responsabilidades, serão considerados pessoas infantis .E quem tolera ser considerado infantil a essa altura? Então a gente presta atenção em volta, imita nossos pais e amigos, se apega a um roteiro conhecido, faz certo teatro, tudo para que não percebam que, em silêncio e na solidão, somos apenas crianças grandes.
(Martha Medeiros)
(Martha Medeiros)
domingo, 11 de março de 2012
Tenho um amor fresco e com gosto de chuva e raios e urgências. Tenho um amor que me veio pronto, assim, água que caiu de repente, nuvem que não passa. Me escorrem desejos pelo rosto pelo corpo. Um amor susto. Um amor raio trovão fazendo barulho. Me bagunça. E chove em mim todos os dias.
(Caio Fernando Abreu)
Colada à tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca, mas descomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sôfrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.
(Hilda Hilst)
Em caso de dor ponha gelo
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre
Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre
Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre
(Alice Ruiz)
Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo o que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já
Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que eu não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor
Eu finjo que eu não esperava
Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já
Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.
(Martha Medeiros)
(Martha Medeiros)
"A paixão testa, o amor prova. A paixão acelera, o amor retarda. A paixão repete o corpo, o amor cria o corpo. A paixão incrimina, o amor perdoa. A paixão convence, o amor dissuade. A paixão é desejo da vaidade, o amor é a vaidade do desejo. A paixão não pensa, o amor pesa. A paixão vasculha o que o amor descobre. A paixão não aceita testemunhas, o amor é testemunha. A paixão facilita o encontro, o amor dificulta. A paixão não se prepara, o amor demora para falar. A paixão começa rápido, o amor não termina."
(Carpinejar)
(Carpinejar)
Um vazio do tamanho do mundo – imensurável…
O olhar vago incapaz de alcançar o horizonte – um lugar muito distante…
Um silêncio frio que deixa até os recônditos da alma gelados – graus negativos.
Aquele nó na garganta que não permite o menor fio de voz – nem um sussurro…
Um bramir de impaciência que faz perder a noção do tempo – minutos viram séculos.
Um barco à deriva
Um pássaro sem vontade de voar
Uma música incapaz de fazer dançar
Um desvario de solidão…
É isso que tua ausência me faz…
(Esse texto faz parte do projeto "Dois Olhares" de Néia Lambert e Denise Portes http://odeliriodabruxa.blogspot.com)
O olhar vago incapaz de alcançar o horizonte – um lugar muito distante…
Um silêncio frio que deixa até os recônditos da alma gelados – graus negativos.
Aquele nó na garganta que não permite o menor fio de voz – nem um sussurro…
Um bramir de impaciência que faz perder a noção do tempo – minutos viram séculos.
Um barco à deriva
Um pássaro sem vontade de voar
Uma música incapaz de fazer dançar
Um desvario de solidão…
É isso que tua ausência me faz…
Se ter muito tempo pela frente significa perder você, não quero ter este tempo…
Não quero este tempo que me tira o sossego
Nem este tempo que me afronta quando não tenho nada pra fazer
Muito menos este tempo que nada me diz sobre o futuro…
Não quero este tempo
Não quero esta ausência
Não quero pensar…
Mesmo assim
Tenho que tocar em frente…
sábado, 10 de março de 2012
Estou naqueles momentos silenciosos em que pouca coisa parece fazer sentido. Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, uma alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá.
(Fernanda Mello)
sexta-feira, 9 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Era um roteiro todo amarradinho, escrito com coerência e certezas, quando a vida chegou e fez um vendaval. As folhas, abraçadinhas ao vento, se deixaram levar. Os papéis foram invertidos e as letras embaralhadas.
O que acontece com uma história quando seu capítulo é cortado ao meio? É possível retomar do ponto que nunca se quis parar?
Meus personagens sofreram uma conspiração do universo quando, inocente, acreditei que poderia colocar o destino em suas mãos. Eu tentei escrever a história do meu jeito e então foi tudo pelos ares, não tive tempo nem de ler as entrelinhas.
Enquanto cobria os olhos para me proteger da bagunça que o vento fazia, ouvia as pessoas dizerem: "Ele sabe o que faz!" e eu gritava em resposta: histórias estão sempre ao sabor do vento e, às vezes, ele é amargo.
(Sabrina Davanzo)
O que acontece com uma história quando seu capítulo é cortado ao meio? É possível retomar do ponto que nunca se quis parar?
Meus personagens sofreram uma conspiração do universo quando, inocente, acreditei que poderia colocar o destino em suas mãos. Eu tentei escrever a história do meu jeito e então foi tudo pelos ares, não tive tempo nem de ler as entrelinhas.
Enquanto cobria os olhos para me proteger da bagunça que o vento fazia, ouvia as pessoas dizerem: "Ele sabe o que faz!" e eu gritava em resposta: histórias estão sempre ao sabor do vento e, às vezes, ele é amargo.
(Sabrina Davanzo)
"... Vem, me faz um carinho, me toque mansinho,
Me conta um segredo, me enche de beijo.
Depois vai descansar, outra forma não há
Como eu te valorizo, eu te espero acordar.
Se eu ousar te contar o que eu sonhei.
Pode até engasgar, pagaria pra ver.
Melhor forma não há, pra provar meu amor
Eu te presto atenção tento ser sua flor..."
(Tiê)
terça-feira, 6 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
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