Onde foi que você se perdeu? Virou pó, desviou da rota. E nunca mais voltou pro caminho. Desamarrou os cadarços, acelerou o passo, nada de olhar pra trás. Quando foi que um dia virou uma semana, que a ausência virou companhia e a saudade – antes nuvem pesada e doída - uma mera brisa sem força? As pessoas se perdem. Embaçamentos inevitáveis, ora. Uns vão porque querem, outros partem pelo medo de criar raízes. Ficar é surpreender. E só conseguem aqueles de coração limpo. Compreender apenas as doçuras e aceitar as impermanências: é o jeito. Dos encontros e reencontros, ficam os arrepios. Mas o passado tem carisma. E as lembrancas têm sabores. Vivemos de jogos. Que são puro acaso. E a próxima carta é aquela que muda tudo.
(Paula Pfeifer)
domingo, 18 de março de 2012
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