terça-feira, 26 de abril de 2011

na varanda
a lua me chama
ardente
e de lado
crescente
parece sorrir

nas ruas
enluaradas
uma banda toca
uma criança brinca
e a ciranda que
não silencia
canta a lua
no céu

sem vergonha
de ser lua
sem pudor
de estar
nua
crua
ao léu

e na varanda
permaneço na
esperança
de ser
sua

no véu
de meus
desejos
e encantos

enluarados

(Davi Drummond)

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