domingo, 23 de janeiro de 2011
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."
(Fernando Pessoa )
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
Nalgum lugar em que eu nunca estive
Alegremente além
De qualquer experiência
Teus olhos tem o seu silêncio
No teu gesto mais frágil
Há coisas que me encerram
Ou que eu não ouso tocar
Porque estão demasiado perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
Embora eu tenha me fechado como dedos
Nalgum lugar
Me abres sempre pétala por pétala
como a primavera abre
Tocando sutilmente, misteriosamente
A sua primeira rosa
Sua primeira rosa
Ou se quiseres me ver fechado
Eu e minha vida
Nos fecharemos belamente, de repente
Assim como o coração desta flor imagina
A neve cuidadosamente descendo em toda a parte
Nada que eu possa perceber neste universo
Iguala o poder de tua intensa fragilidade
Cuja textura
Compele-me com a cor de seus continentes
Restituindo a morte e o sempre
Cada vez que respirar
Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre
Só uma parte de mim compreende
Que a voz dos teus olhos
É mais profunda que todas as rosas
Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas
(Zeca Baleiro)
Do que eu diria ao passado já se apagaram os pormenores.
E talvez nada tenha a dizer.
Até porque algumas palavras já se tornaram
só um borrado indecifrável, como pensamentos articulados
pateticamente numa carta antiga que alguma coisa molhou
e o tempo se encarregou de secar.
Houve um tempo em que até diria (ao passado)
que ele não se deu conta de coisas importantes.
Não cuidou de lealdades, de trocas justas.
Escolheu facilidades, superficialidades,
emoções fúteis e disponibilidades.
Não valorizou dedicações
e fez pouco caso de sentimentos e sinceridades.
Até diria que seu engano maior foi menosprezar razões,
subestimar inteligências
e acreditar demais em si e no que julgou perenidade.Mas corre o tempo e tudo muda.
E há dias aos quais não se deseja voltar.
O que tenho a dizer (ao presente)
é tudo o que agora importa.
Já era hora de ser assim.
Já era hora de sorrisos e mãos dadas.
De falar sobre a maciez das coisas.
De ver claro e de frente, sem a luz ferir os olhos.
De caminhar suavemente pelas emoções,
sem raivas e sustos,
sem ironias escondidas em cantos escurecidos.
De fazer planos e esperanças,
de partilhar confianças e verdades.
Já era hora de percorrer (o futuro)
como um caminho largo de amor e vida.
E de abraçar as felicidades que me fazem virar as costas,
tranquila e silenciosamente, àquela sombra que deixei pra trás.
Ao presente, dou certezas.
Ao futuro, mãos estendidas.
E ao passado, indiferenças e silêncios.
[Que é onde cabe tudo o que não precisa ser dito].
(Helena Chiarello)
E talvez nada tenha a dizer.
Até porque algumas palavras já se tornaram
só um borrado indecifrável, como pensamentos articulados
pateticamente numa carta antiga que alguma coisa molhou
e o tempo se encarregou de secar.
Houve um tempo em que até diria (ao passado)
que ele não se deu conta de coisas importantes.
Não cuidou de lealdades, de trocas justas.
Escolheu facilidades, superficialidades,
emoções fúteis e disponibilidades.
Não valorizou dedicações
e fez pouco caso de sentimentos e sinceridades.
Até diria que seu engano maior foi menosprezar razões,
subestimar inteligências
e acreditar demais em si e no que julgou perenidade.Mas corre o tempo e tudo muda.
E há dias aos quais não se deseja voltar.
O que tenho a dizer (ao presente)
é tudo o que agora importa.
Já era hora de ser assim.
Já era hora de sorrisos e mãos dadas.
De falar sobre a maciez das coisas.
De ver claro e de frente, sem a luz ferir os olhos.
De caminhar suavemente pelas emoções,
sem raivas e sustos,
sem ironias escondidas em cantos escurecidos.
De fazer planos e esperanças,
de partilhar confianças e verdades.
Já era hora de percorrer (o futuro)
como um caminho largo de amor e vida.
E de abraçar as felicidades que me fazem virar as costas,
tranquila e silenciosamente, àquela sombra que deixei pra trás.
Ao presente, dou certezas.
Ao futuro, mãos estendidas.
E ao passado, indiferenças e silêncios.
[Que é onde cabe tudo o que não precisa ser dito].
(Helena Chiarello)
Pelo respeito e pelo ombro amigo,
pelas lágrimas consoláveis,
risos memoráveis,
abraços apertados,
e beijos sufocantes.
Desejo-te aqui, ao meu lado,
na prisão do meu olhar
e na censura dos meus braços
que todos os dias sustentarão
a abrasão da dificuldade,
e a harmonia do odiado mais amado por todos – O amor.
(Jordann Fel)
pelas lágrimas consoláveis,
risos memoráveis,
abraços apertados,
e beijos sufocantes.
Desejo-te aqui, ao meu lado,
na prisão do meu olhar
e na censura dos meus braços
que todos os dias sustentarão
a abrasão da dificuldade,
e a harmonia do odiado mais amado por todos – O amor.
(Jordann Fel)
É que amar tem tantos significados que a gente se perde
E amar talvez seja outra coisa
Aquela mistura de pé no chão e cabeça no peito de alguém
É um ir embora e levar tudo de outra pessoa com você, olhos, cheiro, mão, palavra...
É sentir-se livre estando preso
É deixar livre e ficar leve
É saber que o coração dos outros não te pertence,
mas mesmo assim, alguém quer dá-lo a você.
(Vanessa Leonardi)
E amar talvez seja outra coisa
Aquela mistura de pé no chão e cabeça no peito de alguém
É um ir embora e levar tudo de outra pessoa com você, olhos, cheiro, mão, palavra...
É sentir-se livre estando preso
É deixar livre e ficar leve
É saber que o coração dos outros não te pertence,
mas mesmo assim, alguém quer dá-lo a você.
(Vanessa Leonardi)
domingo, 9 de janeiro de 2011
Eu esqueço de você muito.
Depois, lembro.
E penso em você muito.
Aí, chegam essas palavras que conseguem romper a distância.
De espaço e de tempo.
Porque foi numa outra vida que você veio me visitar.
Tenho as melhores e as piores lembranças.
Porque eu era assim tão completamente.
Não sei se sou ainda.
Não sei um monte de coisas e aprendi outras tantas.
Mas, você não sabe.
Você não sabe mais de mim.
E tudo bem, porque também não sei de você.
Mas sinto saudades da sua voz, do seu sorriso e desses seus olhos antigos.
Nunca mais vi- verei.
(Briza Mulatinho)
Depois, lembro.
E penso em você muito.
Aí, chegam essas palavras que conseguem romper a distância.
De espaço e de tempo.
Porque foi numa outra vida que você veio me visitar.
Tenho as melhores e as piores lembranças.
Porque eu era assim tão completamente.
Não sei se sou ainda.
Não sei um monte de coisas e aprendi outras tantas.
Mas, você não sabe.
Você não sabe mais de mim.
E tudo bem, porque também não sei de você.
Mas sinto saudades da sua voz, do seu sorriso e desses seus olhos antigos.
Nunca mais vi- verei.
(Briza Mulatinho)
Quando se não é amargo, não é lembrado.
e parece que isso não tende a voltar
o medo insano do aro raro. Vem que eu quero sentir o medo me acalantar.
me pareço vazio a encontrar-me com tua imensidão escura.
que me esvazia os poros , cheios de santos agudos.
tara, cala, e fala o que ti vier pra si .
não.
vão ,
entoar o canto que lhe reprime.
se liberte, e venha por alto.
se encontrar.
no meu escuro.
que eu te dou.
e te levo.
mais só minha luz te guiará.
(www.palavrasperfeitas.blogspot.com/)
e parece que isso não tende a voltar
o medo insano do aro raro. Vem que eu quero sentir o medo me acalantar.
me pareço vazio a encontrar-me com tua imensidão escura.
que me esvazia os poros , cheios de santos agudos.
tara, cala, e fala o que ti vier pra si .
não.
vão ,
entoar o canto que lhe reprime.
se liberte, e venha por alto.
se encontrar.
no meu escuro.
que eu te dou.
e te levo.
mais só minha luz te guiará.
(www.palavrasperfeitas.blogspot.com/)
pensar é ir atrás.
é ir mais além.
é trazê-lo pra você.
toda hora.
todo minuto.
nem tua alma descansa.
nem a dele.
sentir é pior que tê-lo.
talvez se tu o tivesse,
tu deixaria de senti-lo.
seria mais calmo.
teria mais calma.
(http://www.palavrasperfeitas.blogspot.com/)
é ir mais além.
é trazê-lo pra você.
toda hora.
todo minuto.
nem tua alma descansa.
nem a dele.
sentir é pior que tê-lo.
talvez se tu o tivesse,
tu deixaria de senti-lo.
seria mais calmo.
teria mais calma.
(http://www.palavrasperfeitas.blogspot.com/)
"Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos
As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo"
(Drummond)
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos
As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo"
(Drummond)
O poeta revira o lixo do jornalista. Tudo o que não presta para notícia serve para prolongar a narração dos ouvidos. O ínfimo é o íntimo. São os detalhes que definem uma vida, não os grandes acontecimentos. Trabalho com as lembranças que não são tão grandes para serem recordadas, nem tão pequenas para serem esquecidas."
(Fabrício Carpinejar )
(Fabrício Carpinejar )
Ele pode estar olhando as suas fotos.
Neste exato momento.
Porque não?
Passou-se muito tempo.
Detalhes se perderam.
E daí?
Pode ser que ele faça todas as coisas que você faz .
Escondida.
Sem deixar rastro nem pistas.
Talvez ele passe a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso.
Ou percorra trajetos que eram seus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças.
As boas.
Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você.
Todos os dias.
E ainda assim preferir o silêncio.
Ele pode reler seus bilhetes, procurar o seu cheiro em outros cheiros.
Ele pode ouvir as suas músicas, procurar a sua voz em outras vozes.
Quem nos faz falta acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta.
Não há escape.
Talvez ele perceba que você faz falta.
E diferença.
De alguma forma, numa noite fria.
Você não sabe.
Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris.
Talvez ele volte.
Ou não.
(Caio Fernando de Abreu)
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
" Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim. Eu queria uma liberdade olímpica. Mas essa liberdade só é concedida aos seres imateriais. Enquanto eu tiver corpo ele me submeterá às suas exigências. Vejo a liberdade como uma forma de beleza e essa beleza me falta."
(Clarice Lispector)
(Clarice Lispector)
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
Contemplo, de olhos fechados, a beleza do instante.
Abrem-se aos meus sentidos as essências da nova estação.
Sei o vento, carregado de vitalidade e pólen. Sei a força
Abrem-se aos meus sentidos as essências da nova estação.
Sei o vento, carregado de vitalidade e pólen. Sei a força
prestes a soltar-se em sopros mágicos por todo o espaço que nos rodeia.
Sei de mim, de ti, de nós, da proximidade e prazer do toque, que é o mesmo com que a natureza acaricia suas criaturas.
Sei a respiração suspensa, o olhar maravilhado, absorto,
fascinado e teu.
Caminho sobre o sopro da vida.
E sinto meu corpo envolto em brisa, manhã, suavidade e flor.
Amanheci em ti. É primavera.
E sei o amor.
(Helena Chiarello)
Sei de mim, de ti, de nós, da proximidade e prazer do toque, que é o mesmo com que a natureza acaricia suas criaturas.
Sei a respiração suspensa, o olhar maravilhado, absorto,
fascinado e teu.
Caminho sobre o sopro da vida.
E sinto meu corpo envolto em brisa, manhã, suavidade e flor.
Amanheci em ti. É primavera.
E sei o amor.
(Helena Chiarello)
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