domingo, 2 de janeiro de 2011


Contemplo, de olhos fechados, a beleza do instante.
Abrem-se aos meus sentidos as essências da nova estação.

Sei o vento, carregado de vitalidade e pólen. Sei a força
prestes a soltar-se em sopros mágicos por todo o espaço que nos rodeia.

Sei de mim, de ti, de nós, da proximidade e prazer do toque, que é o mesmo com que a natureza acaricia suas criaturas.

Sei a respiração suspensa, o olhar maravilhado, absorto,
fascinado e teu.

Caminho sobre o sopro da vida.
E sinto meu corpo envolto em brisa, manhã, suavidade e flor.

Amanheci em ti. É primavera.
E sei o amor.

(Helena Chiarello)

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