domingo, 28 de novembro de 2010


Muitos desejos não se consumam e continuam etéreos por causa das palavras covardes. Aquelas que não deixam apertar o botão “enviar” depois de escrever alguns parágrafos sinceros ou que ficam falando de longe e bem baixinho dentro cabeça para não te ligar de madrugada quando estava pensando em você e tudo fazia sentido. Ficam ocultas por anseios e medos. Por idiossincrasias e insegurança na falta da reciprocidade.

E não tomo coragem, mas invento analogias em planetas fantásticos para tentar fazer você sentir o que estou sentindo. Escrevo para o mundo, mas, na verdade, essas palavras têm direção e destino.

Porque ao final, todas as conversações, todas as palavras, todos os fragmentos – no discurso amoroso – consistem em dizer ao ser amado:

“estou aqui, perceba-me.”

(Tiago Yonamine)

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