quinta-feira, 2 de julho de 2009


Estou lá onde me invento e me faço:
De giz é meu traço.
De aço, o papel.
Esboço uma face a régua e compasso:
É falsa.
Desfaço o que fiz.
Retraço o retrato.
Evoco o abstrato
Faço da sombra minha raiz.
Farta de mim, afasto-me e constato:
na arte ou na vida, em carne, osso, lápis ou giz onde
estou não é sempre e o que sou é por um triz.

(Maria Esther Maciel)

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