Eu daria o mundo
Por um canto em mim
Um pedaço de alma qualquer
Onde eu pudesse plantar a calma
Enfeitar meus afetos
E caber dentro do meu coração
Mas minha terra úmida
Está sempre tomada por outros grãos
Sementes de medo
Casulos de seda
Sede de ser única
Vago pelas noites
Como um vaga-lume pelas manhãs
No espelho, não me vejo
Pressinto, apenas, o gosto do gozo
O delírio de aceitar-me
E caber, finalmente
Neste corpo quente que me aquece
(MÔNICA MONTONE)
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