É preciso sorte
Para não perder a vida de vista.
É preciso a atenção dos marinheiros
A calma dos bancos de praça
A malícia dos pipoqueiros
que nos vencem pelo cheiro
É preciso força
Para não perder a vida na volta.
É preciso sorte e distração
É preciso vontade e dispersão.
É preciso o tanto do tão pouco
Uma ponta acesa no nada.
É preciso tocar as brasas
E se o fogo queimar
Lamber as cinzas
Com saliva de fome e amor.
(Samarone Lima)
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