domingo, 14 de dezembro de 2008

Lavadeiras de beira-rio.
Nas águas, boiando,
cores e cantos.

Na poça d'água
o gato lambe
a gota de lua.

Pássaros em silêncio.
Noturna chave
tranca o dia.

Noite no jasmineiro.
Sobre o muro,
estrelas perfumadas.

Inúltil. A gaiola
nunca aprisiona
as penas do canto.

No porta-retrato
um tempo respira,
morto.

(Hai-kais - Yeda Prates Bernis)

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