quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Há muitos quintais por aí. De todos os tipos. Os que são repletos de rosas, margaridas, begônias, tulipas. E esses são apelidados de floridos. Há os silenciosos cheios de causas e consentimentos de saudades. Tais possuem um mar de mistérios.
Há quintais que são simples, por isso insistem em guardar dizeres. “-Quintais não falam!” Mas dizem, meu bem. E tanto. Simples, fotografam a mesma borboleta diariamente e à noite montam diálogos longos e escrevem desenhos imaginários. Mesmo sem braços, em um quase não-existir.
Há os quintais que são leves. Perdem-se em sua imensidão para não deixar os visitantes conhecerem seu abismo. Perdem-se em flores e sorrisos desmedidos. Constantes, intensos, incondicionais.
E há a ventania que fere os quintais mais sensíveis. E fere até os brutos, se duvidar. São os brutos que se deixam ferir por não serem tão brutos assim como pensam.
Quintais guardam amor e juntam esperas. Os corações desses quintais batem descompassados porque têm motivos pra bater assim. E, na essência, cada quintal guarda um céu.


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