domingo, 30 de setembro de 2012
E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um
pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até
nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada
com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio
conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de
palavras."
(Ana Jácomo)
O amor não acaba. O amor apenas sai do
centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece
outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não
é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou
esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é
aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo,
e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que
nunca expulsamos definitivamente de casa.
(Martha Medeiros)
sábado, 29 de setembro de 2012
Que as borboletas sejam azuis. Que o sol vá sempre comigo no bolso. Que Tita nunca deixe de chorar lágrimas de chocolate ao cortar cebola. Que as pessoas tenham humores interessantes. Que eu nunca tenha medo de tirar com as mãos as ervas daninhas e pragas das hortas. Que eu siga duvidando. Que eu siga colorindo. Que eu siga aromatizando. Que eu saiba ferver água com perfeição. Que eu não tenha medo do amor. Que eu preserve o gosto pelas coisas mais simples do dia-a-dia. Que a poesia nunca morra dentro de mim, por mais que a esperança esteja por um fio. Que pequenos gestos façam, para sempre, toda a diferença. Que os meus medos não me consumam. Que os valores sempre se renovem. Que a essência nunca morra. Que eu siga gostando de sentir os meus pés tocando as nuvens e, por hora, o chão. Que eu seja sempre despida de protocolos. Que eu nunca deixe de cultivar o meu jardim. Que as minhas flores nunca murchem. Que eu nunca deixe de sentir paz ao olhar o horizonte. Que as músicas continuem sendo perfumadas. Que as crianças continuem sendo espontâneas. Que eu nunca deixe de transbordar ao ler Clarice Lispector transbordando. Que as estrelas sempre apareçam para mim. Que eu possa espalhar algum pozinho de pirlimplimplim por ai. Que eu consiga manter a espinha ereta. Que eu consiga erguer novamente os meus castelos. Que eu nunca deixe de sonhar. Que as amoras nunca me deixem.
(Lia)
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Há muitos quintais por aí. De todos os tipos. Os que são repletos de rosas, margaridas, begônias, tulipas. E esses são apelidados de floridos. Há os silenciosos cheios de causas e consentimentos de saudades. Tais possuem um mar de mistérios.
Há quintais que são simples, por isso insistem em guardar dizeres. “-Quintais não falam!” Mas dizem, meu bem. E tanto. Simples, fotografam a mesma borboleta diariamente e à noite montam diálogos longos e escrevem desenhos imaginários. Mesmo sem braços, em um quase não-existir.
Há os quintais que são leves. Perdem-se em sua imensidão para não deixar os visitantes conhecerem seu abismo. Perdem-se em flores e sorrisos desmedidos. Constantes, intensos, incondicionais.
E há a ventania que fere os quintais mais sensíveis. E fere até os brutos, se duvidar. São os brutos que se deixam ferir por não serem tão brutos assim como pensam.
Quintais guardam amor e juntam esperas. Os corações desses quintais batem descompassados porque têm motivos pra bater assim. E, na essência, cada quintal guarda um céu.
Há quintais que são simples, por isso insistem em guardar dizeres. “-Quintais não falam!” Mas dizem, meu bem. E tanto. Simples, fotografam a mesma borboleta diariamente e à noite montam diálogos longos e escrevem desenhos imaginários. Mesmo sem braços, em um quase não-existir.
Há os quintais que são leves. Perdem-se em sua imensidão para não deixar os visitantes conhecerem seu abismo. Perdem-se em flores e sorrisos desmedidos. Constantes, intensos, incondicionais.
E há a ventania que fere os quintais mais sensíveis. E fere até os brutos, se duvidar. São os brutos que se deixam ferir por não serem tão brutos assim como pensam.
Quintais guardam amor e juntam esperas. Os corações desses quintais batem descompassados porque têm motivos pra bater assim. E, na essência, cada quintal guarda um céu.
(Morganna)
domingo, 16 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Olhando assim, ninguém diz que está quebrado.
Tinha que ver muito de perto pra saber.
Tinha que tocar até.
E faz tempo que não deixo.
Porque não interessa a mais ninguém, além de mim.
E mesmo eu, não posso fazer mais nada agora.
Quebrou, partiu, não tem mais jeito.
Mas, a vida segue e a gente segue junto como se estivesse inteiro
Tinha que ver muito de perto pra saber.
Tinha que tocar até.
E faz tempo que não deixo.
Porque não interessa a mais ninguém, além de mim.
E mesmo eu, não posso fazer mais nada agora.
Quebrou, partiu, não tem mais jeito.
Mas, a vida segue e a gente segue junto como se estivesse inteiro
(Brisa Mulatinho)
Ela perguntou como é que eu tive certeza de que aquela escolha era a mais acertada. Respondi que nunca tive, que não tenho até agora. Porque tem coisas que a gente, simplesmente, não sabe. Decidi ali na tentativa de fazer o melhor e fui. Com fé. Sim, fé e não certeza. Vontade que desse certo. Ou, de pelo menos, que não fosse motivo para me arrepender para todo e sempre. Em alguns momentos, deu certo. Noutros, me arrependi para todo e sempre. Agora, acho que me conformei e que é assim e pronto, não tem mais volta e tudo bem. Tudo bem, de um jeito ou de outro, que a vida e o tempo consertam as coisas.
(Briza Mulatinho)
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
(Luís Fernando Veríssimo)
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
O que eu realmente quero que você saiba é que não importa o tempo que passe, o que aconteça ou o que a vida nos ensine. Não interessa quem somos ou quem vamos nos tornar. O que vale é o que carregamos dentro de nós. E você, guarde isso na memória para todo o sempre, eu te carrego junto
comigo todos os dias.
(Clarissa Corrêa)
comigo todos os dias.
(Clarissa Corrêa)
''Que Setembro traga de volta todos os sorrisos que Agosto me roubou.
Traga alegria de sorrir com brilho no olhar e paz na alma.
Me aproxime de pessoas boas.
E que não me deixe sofrer por favor.
Que a felicidade nunca seja de menos.
Afaste todo o mal que me ronda.
Que Setembro seja doce e que não enjoe.
Que me faça sorrir de tanta paz e que Deus me/nos abençoe."
(Caio Fernando Abreu)
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