De contrário a minha dor, veio de um sorriso solto como as coisas que nascem para ser encanto.
Veio abrindo as cortinas, pondo quentura de sol, azul de céu, cheirando erva-doce. Veio algodão-doce, beijo na mão, nuvem a me levar. Veio dos papéis amassados e encharcados de segredos. Veio de um passado, de um tempo demorado que pensei não mais haver. Veio como que das preces antigas, das cantigas ao pé do ouvido. Veio dos velhos livros, dos sonhos, devolvido, tocando mansinho como a alma quando sente o amor. Mesmo desacreditado, veio... fez-se a graça que tua pureza desenhou.
Eu estou te vendo chegar, mas tardio vem vindo...
Em encontro, o desencontro, o proibido.
Gosto doído de ter que deixar passar.
(Patrícia Vicensotti)
domingo, 1 de abril de 2012
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