domingo, 11 de dezembro de 2011

O tempo passou. No meio da festa, outro dia, eu olhei para o sujeito e percebi que não sentia mais nada em relação a tudo aquilo. Parecia tão importante na época, parecia insuperável, mas acabou, ficou para trás, não deixou rastros. A vida andou, como a vida costuma fazer – desde que a gente não se agarre às memórias com as duas mãos, desde que a gente não fique refém da traição e da culpa.

(Caio Fernando Abreu)

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