Ah, meu amor, tenho um constante gosto agro na boca, então quando resolver aparecer,me traga uma bala juquinha ou uma manga verde para eu temperar com sal e açúcar.
Lembra daquele filme francês que eu adoro? Traz ele na terça para assistirmos comendo pipoca caramelada. E quando me der o primeiro beijo depois de tanto tempo, diz que ainda adora aquele meu perfume de pitanga. Tapa os meus olhos com tuas mãos e faz "boo" bem pertinho do meu ouvido. Pergunta se tenho espaço de sobra no meu coração que eu te digo o endereço do bolso onde guardo-o. Liga algumas horas antes só para dizer que não se aguenta de ansiedade. Diz que ainda lembra de mim toda vez que ouve aqueles versos simples. Diz que precisa de um abraço meu toda vez que tiver de ir embora . Conta para mim seus devaneios recentes que eu te conto sobre as minhas utopias. Imita de novo o meu jeito de falar que eu juro perder a pose. E sabe aquele sorriso torto que você sempre dá inclinado a cabeça para o lado? Entrega ele para mim e deixa que eu monopolize dele. Não esquece de te trazer também. E vem com aquela tua cara de "eu-não-sei-o-quê-você-está-falando" e tua jaqueta vermelha. Que eu já estou preparando o café e sei que o meu café é inesquecível para você , assim como a minha frágil vontade de acreditar, que nós costumávamos chamar de esperança.
(Cleice Souza )
Nenhum comentário:
Postar um comentário