sábado, 2 de julho de 2011

Minha mãe sempre diz: Não há dor que dure para sempre!
Tudo é vário. Temporário. Efêmero. Nunca somos,
sempre estamos! E apesar de saber de tudo isso,
por que algumas dores duram tanto? Por que alguns
sentimentos (diga-se de passagem os mais ridículos)
demoram tanto a passar? Por que olhar pra ele reaviva
esperanças perdidas e suscitas lágrimas quentes até então
contidas? Por que o cérebro ainda não inculcou no coração
que esquecer faz bem a sáude? Por que tudo não pode ser
como um bonito filme francês?

(Chico Buarque)

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