terça-feira, 7 de setembro de 2010


Minha mãe sempre diz:
Não há dor que dure para sempre!
Tudo é vário.
Temporário.
Efêmero.
Nunca somos, sempre estamos!
E apesar de saber de tudo isso.
Por que algumas dores duram tanto?
Por que alguns sentimentos (diga-se de passagem os mais ridículos) demoram tanto a passar?
Por que olhar pra ele reaviva esperanças perdidas e suscitas lágrimas quentes até então contidas?
Por que o cérebro ainda não inculcou no coração que esquecer faz bem a sáude?
Por que tudo não pode ser como um bonito filme francês?

(Chico Buarque)

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