domingo, 8 de agosto de 2010


aprendi a desdenhar
da força das lembranças
dos amores findos

: das boas,
faço canção e componho sorrisos.

: às ruins,
esfrego na cara o poder do tempo.

procuro viver de presentes,
e ouso discordar de Adélia*:

professo que:
o que a memória amou
pode virar passado,
assim como a conjugação do verbo.

(Talita Prates)

[*Adélia Prado, para quem "o que a memória amou fica eterno".]


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