Fecho os olhos e permanece essa idéia do instante, essa vontade de reter o olhar, o suspiro, o sonho a desprender-se iluminado, a emoção em voo, a palavra em pouso, o abraço lento, o gesto rendido.
Percorro a ausência e tento refazer, numa cronologia absurda, o percurso contrário ao fim, o trajeto avesso às horas, onde o hoje fosse o ontem, onde o amanhã fosse o hoje, onde o tempo fosse o agora, onde o sim parasse no sempre.
Antes não fosse o amor assim tão grande! Antes não me chegasse com essa voz assim tão nítida!
Eu penso em ti. No meu silêncio eu penso em ti. E em tudo o que poderia ser, deixado em nós e habituado a nãos. E fico a me agarrar em transparências que me fazem ver com clareza tudo o que a distância cega.
E a saudade fica ardendo nessa ausência interminável de tuas mãos.
(Helena C de Araujo)
Percorro a ausência e tento refazer, numa cronologia absurda, o percurso contrário ao fim, o trajeto avesso às horas, onde o hoje fosse o ontem, onde o amanhã fosse o hoje, onde o tempo fosse o agora, onde o sim parasse no sempre.
Antes não fosse o amor assim tão grande! Antes não me chegasse com essa voz assim tão nítida!
Eu penso em ti. No meu silêncio eu penso em ti. E em tudo o que poderia ser, deixado em nós e habituado a nãos. E fico a me agarrar em transparências que me fazem ver com clareza tudo o que a distância cega.
E a saudade fica ardendo nessa ausência interminável de tuas mãos.
(Helena C de Araujo)
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