segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo
cintila,
a boca espera
(que pode uma boca
esperar
senão outra boca?)
espera o ardor
do vento
para ser ave,
e cantar.

(Eugénio de Andrade)

Nenhum comentário: