terça-feira, 5 de maio de 2009

Não importa o decibel do riso,
se o guizo do silêncio
no olhar do artista
reinventa a luz

Pouco importa que o corpo,
dos toques não traga as marcas
ou que desperte o desejo
agreste de amanhecer

Feito implosão de lábios
pernas e braços.
Importa, que o tempo,
seduzido pelos poetas,

estanca, do amor
os desencontros
p’ra não ficar saudade
ou romance pela metade.

Importa sim a ousadia
de enfrentar as tempestades
e a abundância de violinos
enfeitiçando as asas dos colibris.

(ANDRÉA MOTTA)

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