quarta-feira, 1 de abril de 2009

Me perguntas pela vida
Como se fôssemos antigos conhecidos
A tagarelar na esquina
Sobre os fatos do dia

Meus olhos te respondem
E com aquele mesmo silêncio
Das terras devastadas

Falo da vida, o que fiz ontem
E hoje
O que farei ao entardecer
Te conto como tem sido
Meus últimos trinta e seis anos

Por precaução
Evito te falar das coisas do coração
E ao final, como quem diz um até breve contigo
Murmuro para mim, na esperança que escutes:

Tua ausência me dói, é simples.

(Samarone Lima)

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