Abro os braços e deixo entrar
o amor mais lindo que há!
Quanto esperei... quanto!
Para que ele pudesse chegar...
Veio na meia idade,
Com traços de sabedoria,
Com histórias parecidas,
de dores arredias!
Mãos estendidas.
Esse amor veio assim...
Cheio de pura carência e
de um querer sem fim !
Um tipo antigo...
Que ousou as mãos dadas.
Oferendas e cheiros
de flores roubadas !
Veio nas canções antigas,
arriscando uma declaração de amor...
Feliz da vida, sonhador!
Chegou com sentimentos grandes,
de não reparar o tempo...
Da beleza ser um detalhe,
Pequena ao sentimento !
Chegou de alma inteira
o amor mais lindo que há !
Pela noite coberta de estrelas,
toda banhadinha em luar...
Arriscou um abraço,
daqueles de calor por dentro!
Que dá um minuto prá si
e deixa falar o vento...
Chegou cansado,
do tipo querendo colo!
Pelo caminho, machucado
pelos seus tantos vôos solos!
Querendo canto.
O encanto dos amantes.
Um reencontro...
De almas errantes !
Abro os braços e deixo entrar
Com todas as flores da açucena
E o perfume das gardênias ...
O amor mais lindo que há !
(José Geraldo Martinez)
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