Vagaremos indecisos, imprecisos
Enxugaremos nossas lágrimas
Nas barras dos vestidos que vestem
Nossas antigas mulheres
Seremos inconclusos, desmemoriados
Distraídos
Seremos comovidos, cosmovidas
E não importa que o mundo cobre
Seu antigo preço
Soluçaremos sem soluções
As mãos erguidas serão para abraços
Haverá brilho nos olhos
Mesmo que a luz seja fraca
Aos poucos, seremos o rosto do outro
Adormecido, pousado
Seremos inconclusos, desavisados, esquecidos
Mas estaremos dentro do ciclo da vida
Seremos o que somos:
Cordão que enlaça o mesmo tecido
(Samarone Lima)
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