segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Convém camuflar
nas profundezas da alma
as palavras mais puras.
Fixar o olhar na areia macia
onde, a todo instante,
a espuma branca faz carícias.

Melhor seja que a brisa
– mistura de sal e maresia –
castigue os lábios em sorriso,
carregando pro mar
o mais leve sussurro,
pairando sobre as ondulações
as palavras proibidas.

Sendo assim,…
que só as aves marinhas
decifrem a poesia que existe
quando minhas lembranças,
façam aflorar dos sentidos
os desejos mais além…
mergulhando-as em sonhos,
no abissal das emoções…
como convém!


(Rita Costa & André L. Soares)

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