quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio...
Ou flecha de cravos que atiram chamas.
Te amo como se amam certas coisas escuras...
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce
E leva dentro de si, oculta, a luz daquelas flores.
Te amo sem saber como, nem quando, nem de onde.
Te amo simplesmente...sem complicações, nem orgulho:
Assim te amo, porque não sei amar de outra maneira
Senão assim deste modo em que não sou, nem és.
Tão profundamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão.
Tão profundamente que quando fechas os olhos, eu contigo sonho.

(Pablo Neruda )

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