Há saudades em pensar e imaginar
Saudades nos braços e nas pernas
Saudades no peito, que dói demais
Uma falta que não se bem sente
Sentimento torto e desentranhado
Das rodas cálidas da vivência
Há saudades nas coisas de pegar
Coisas de armário e de gavetas
Imensas de saudades de existir
Saudades do pedaço torto do corpo
exaspero da imperfeição singular
E tu sabes que há saudades
Ainda que não saibas da mensagem
Triste fim temos nós, eu e tu
Duas metades inteiras de saudades
Um par de asas separado pelo vento
Sem desfiladeiro para propalar
Nosso amor amargurado pelo ar...
(Rodrigo Sluminsky)
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