quinta-feira, 19 de junho de 2008

Fazer Amor

Fazer amor requer arte inconsciente
Fazer amor transcende o feio e o bonito
Fazer amor requer a alma despida
Fazer amor transcende a sexualidade
Fazer amor é ignorar todos os conceitos formais da humanidade
e se entregar como quem se doa a si mesmo
Fazer amor não tem vínculo algum
com o lado físico dos seres
Fazer amor é uma divindade.
Divindade que advém do mais nobre dom da vida : a própria vida.
Fazer amor é enlouquecer a anatomia.
Não importa a forma.
O que importa é não importar com coisa nenhuma.
Fazer amor é fazer de inconcebíveis palavrões um lindo poema.
Fazer amor é fazer do corpo um banquete de sonhos
e fazer da alma o berço do gozo...

(José Eustáquio da Silva)

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom o poema é bonito, mas não creio que descreva totalmente a magia de o fazer amor.

Fazer amor é transcender o corpo, unindo a nossa alma por um simples beijo, áquele que é nosso amo e simultaneamente nosso servo.

É possuir o universo e senti-lo no nosso peito, nas nossas mãos, nos nossos lábios, como se obtivessemos absolutamente tudo e nada mais importa.

É sentir suprema felicidade, mas, ter vontade de chorar, possuir um nó na garganta, um grito mudo, uma dor profunda, pelo facto de saber que aquela poderá ser a última vez que o/a teremos em nossos braços!

Até poderemos fazer amor, apenas uma vez na vida, mas, é aquela experiência pela qual vale apena nascer e morrer, sem dúvida.

Um abraço,
Sandra Soares